sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Cidadão Kane: Análise para o Seminário de Mídia e Poder

Cidadão Kane marcou sua época devido às inovações, sobretudo nas técnicas narrativas e nos enquadramentos cinematográficos. O filme começa com o protagonista já morto, mudando-se a cronologia dos fatos. E a cenografia mostra pela primeira vez o teto dos ambientes.

Dotado de uma postura agressiva e altas doses de sensacionalismo atrai estrelas dos veículos concorrentes praticando salários maiores, tornando-se homem de mídia.

Idealismo, espírito de iniciativa, fama, dinheiro, poder, mulheres, imortalidade e decadência fazem parte da carga dramática do personagem. Ilustra os ídolos que surgem no atual cenário mundial, principalmente americano, e que pela imaturidade e fama repentina, rapidamente calham em declínio de imagem e moraram no consciente coletivo como ídolos de uma geração sem referenciais.

A história é contada por um jornalista que reconstrói a vida do empresário Charles Foster Kane. Esse jornalista passa o filme todo tentando descobrir o significado da palavra “Rosebud” dita pelo senhor Kane no momento de sua morte.

Ao assistir o filme percebe-se que quando o senhor Kane morre, ele está sozinho em sua sala não podendo ser ouvido por ninguém. Porém, o jornalista usa a palavra possivelmente dita pelo magnata da mídia como algo que ele persegue insistentemente tentando descobrir seu significado.

O fato existiu para os que estão assistindo ao filme, mas para os personagens da trama não seria possível saber se esse momento ocorreu ou não. Ao agendar sua pauta baseada nesse fato, se cria várias possibilidades para que outras pessoas possam fazer suas conclusões sobre a vida tão polêmica do personagem.

Nesse sentido cabe um link com o termo Agenda Setting, formulado por Maxwell McCombs e Donald Shaw, que diz que a mídia determina a pauta para a opinião pública ao destacar determinados temas e preferir ofuscar ou ignorar outros tantos.

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